“Se a vida fosse fácil, ninguém
nasceria chorando.”
ALGUNS VIÉSES ASSOCIADOS AO INVESTIMENTO NO
MERCADO DE RENDA VARIÁVEL, ESPECIALMENTE O ACIONÁRIO, RELACIONADOS AO MEDO DA
MUDANÇA
Segundo o filósofo grego Sócrates o bom/bem e o mau/mal na
vida podem ser resumidos em duas palavras: conhecimento e ignorância. O começo
do discernimento [bom julgamento] começa em saber definir/delimitar os termos
do assunto a ser analisado.
Ter um objetivo em mente é fácil e
pode ser até divertido; Mantê-lo em mente por longo tempo no contexto das
tensões da vida real é algo totalmente diferente. Diga a uma criança de 5 anos de idade de uma região rural que ele não deveria ser um motorista de trator e observe a "felicidade" dele ao antecipar a realidade para ele! A vida muda, os valores
mudam, a necessidade obriga. Em cada fase da vida tomam-se decisões que influenciarão profundamente a
vida que se almejava. Não há garantia de felicidade/satisfação futura com decisões
tomadas no passado, e quanto maior o intervalo temporal menores são as
garantias. É por isso que adultos pagam caro para remover tatuagens que pagaram
caro para fazer; Que muitos correm para se divorciar daqueles(as) que correram
para se casar; Idosos correm para gastar o que correram para ganhar quando
jovem, etc.. Todos carregam a ilusão de que a história pessoal chegou ao fim, de que se
tornaram a pessoa que sempre estiveram destinadas a ser e que seguiriam assim
pelo resto da vida e sofrem quando percebem que precisam correr atrás do
prejuízo com o dobro da velocidade para recuperar o tempo perdido após decidir
que necessitam abandonar um plano que mantiveram em vigor por muito tempo. Imagine
um jovem convictamente austero financeiramente (um minimalista), feliz com
poucos rendimentos, todavia, correndo o risco futuro de sentir-se infeliz por
não ter se preparado para ter família ou arcar com despesas da velhice, ou até
se aposentar. Imagine aquele feliz que trabalha duro para pagar uma vida de
luxo e no futuro se arrepender de ter desperdiçado toda a juventude e a saúde
trancado em um escritório. Muitos correm o risco desses extremos e todos correm
algum risco entre estes extremos e não existe solução fácil para este problema.
Algumas estratégias para lidar com isso são: (1) Evitar os extremos do
planejamento financeiro – a simplicidade de ter quase nada e a emoção de ter
quase tudo – ambos se desgastam com o tempo; (2) aceitar o fato de que os
interesses mudam; (3) Aceitar a mudança e tomar providência o mais rápido
possível evitando que o “EU” futuro permaneça prisioneiro do “EU” passado. Permanecer
fiel à ideia de metas feitas quando se era uma pessoa diferente devem ser abandonadas
sem dó, ao invés de mantê-las “respirando por aparelhos” a fim de minimizar (todo
ajuste cobra um preço) arrependimentos.
Quem é capaz de adivinhar todos os
maus acontecimentos e evitá-los sem a ajuda do acaso?
Faça o que fizer o capital sempre estará correndo algum risco. Quem foi capaz de prever a pandemia do Covid-19 e suas consequências globais na economia? E uma grande guerra mundial? A guerra entre a Rússia e a Ucrânia? Tudo o que se pode fazer é ser criterioso e prudente. A maior parte das informações sobre o mercado de ações é tolice, e a que não é resultará como se fosse em um investidor incauto, que não saberá separar o trigo do joio. A fé na medição e a crença de que os problemas econômicos e financeiros mundiais poderiam ser entendidos e resolvidos com abordagem e decisões puramente racionais associados a cálculo estatístico da incerteza: probabilidades, amostragem, a curva em sino e a dispersão ao redor da média, da regressão à media, etc, já desfrutou de uma credibilidade quase absoluta. Todavia, a experiência mostra que um alto grau de sofisticação filosófica pode valer mais que a sofisticação matemática. A melhor avaliação pode estar mais na intuição e bom senso do que nos números. A definição de risco em termos numéricos é crucial para a sensação da quimera da segurança. Todavia, melhor é ter a capacidade de pensar sobre os riscos em várias dimensões diferentes e compreender a diferença entre o examinável, sondável, particularizável, pormenorizável, especificável, esmiuçável, quantificável e os seus exatos opostos. A experiência faz crer que, na maioria das vezes, a estatística só confirma o que a intuição faz crer.
Muitos enxergam investimentos como uma ciência exata e buscam na matemática um guia perfeito para prever o futuro, isso é marcante em pessoas graduadas em áreas da ciência exata. Todavia, não adianta apenas obter decisões de planilhas ou gráficos quando se trata de investimento no mercado acionário com inúmeras variáveis envolvidas e interagindo de forma imprevisível. Negócios, economia e investimentos são campos de incerteza, esmagadoramente influenciados por decisões que não podem ser facilmente explicadas com fórmulas precisas, como acontece com uma viagem à Lua. Quem age assim torna-se confiante no que vê até descobrir tarde que estava totalmente errado porque não sabia que as histórias que se passam na cabeça dos demais também são tanto ou mais relevantes, além de impossíveis de serem sabidas. Ser razoável aceitando o imponderável e admitindo uma margem de erro é mais realista e adequado que ser friamente matemático. Algo pode ser tecnicamente ótimo hoje, e muito distante disso no futuro sob novas circunstâncias.
Quantos operadores são capazes de suportar uma queda de 50% ou mais do valor nominal investido e manter a mesma estratégia? Quase todos desistem, migram para opções ‘não voláteis’. Investidores com a experiência adequada amam/ meditam/são fiéis às suas estratégias tecnicamente imperfeitas. Poucas variáveis financeiras estão mais intimamente ligadas ao melhor desempenho do que o comprometimento com a correta estratégia durante os períodos de crise e muitas notícias econômicas pessimistas. É preciso saber superar a emoção e as dúvidas. Não é agradável saber o que não existe controle sobre o que o futuro reserva, por isso muitos sucumbem aos vieses da natureza humana: (1) buscam agir com base em previsões de analistas de investimentos, que é algo além de perigoso. A falácia dos analistas-profetas é baseada em excessiva confiança em dados passados como se estes fossem garantias para o futuro incerto e insondável, todavia, não é de forma alguma um roteiro para garantir o futuro, poucas coisas permanecem iguais por muito tempo e a vivência de eventos específicos não obrigatoriamente qualifica alguém para adivinhar o futuro. A experiência gera mais excesso de confiança do que capacidade de previsão; (2) buscam segurança em regras lineares, claras, iguais para todas as circunstâncias presentes e as que surgirem no futuro insondável, que infelizmente não vão além de um auto engano. Na história da humanidade, o papel mais relevante é o desempenhado pela surpresa do muito inesperado; (3) Muitos buscam “fazer o que amam” que na vida real costuma ser um guia para uma vida financeira mais infeliz. É melhor reconsiderar isso como uma conduta de viés infantil para fugir de um esforço intelectual maior e que resulta em imprudência com as responsabilidades da vida adulta e inútil para planejar a segurança financeira na eventual velhice.
Mesmo não
atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos no mínimo fará coisas
admiráveis. Todo profissional já foi amador. Todo especialista já foi
iniciante. Então, sonhe alto e comece agora.
ideia sem ação é ilusão
A mudança de tudo é uma constante,
desde fatos simples até eras de mudanças e mudanças de eras. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Quem
não observa as mudanças de sua época, quem permanece imutável, indiferente a
relevantes mudanças, poderá terminar até destruído por ela. Há mais de 2000 anos Heráclito
de Éfeso, filósofo pré-socrático considerado o “pai da dialética”, já dizia:
tudo é mudança. O escritor e futurista norte-americano Alvin Toffler, autor dos
livros “Choque do Futuro” e “A Terceira Onda” observou: O analfabeto do século
XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender (hábitos, formas de
produzir, modelos e paradigmas obsoletos, etc) e reaprender. Galileu
Galilei dizia: “não existe nada pronto e perfeito, e sim adaptações, mutações e
transformações do conhecimento”. Aprender sempre foi um desafio permanente na
vida em todas as épocas da humanidade,
ele sempre existirá na vida de todos de modo formal (estudo tradicional) ou
informal com estímulos voluntários ou involuntários (sortes e principalmente os
azares).
Ter observado a natureza humana durante 40 anos é igual a tê-la observado durante 40 mil anos. Afinal, nada verá a mais! Muitos sonham em desviar-se do caminho obrigatório imposto pela natureza às coisas, porém, o vento que sopra proveniente da natureza deve ser suportado acompanhado de esforços penosos que não admitem lamentações. Ao encarar cada incidente tenha diante dos olhos aqueles que foram afetados pelos mesmos incidentes e pense no resultado que tiveram com as condutas que praticaram. Observe onde se encontram agora: em uma situação pior ou melhor? Lembre-se de que há como tirar bom proveito dos bons e maus acontecimentos. Observa o teu interior. A fonte do bem está em teu interior, fonte capaz de jorrar sempre a teu favor desde que tu caves adequadamente sempre. Se sofres por causa de algo exterior, não é ele diretamente que incomoda, mas sim a apreciação que fazes dele. Ilustro: O pepino está amargo? Joga-o fora. Há sarça no caminho? Desvia-te dela. É quanto basta. Não adiciones a preocupação relativa ao porque isso veio a existir no mundo ou para ti. Não permita que os problemas externos de façam agir de maneira precipitada ou lânguida ou negligente ou incoerente. Tudo na vida é efêmero. Que se acresça a isso que tudo é vivido em um minúsculo ponto no universo onde, inclusive, todas as pessoas não vivem em harmonia, nem alguém consigo mesmo. E a Terra toda é um mínimo ponto. A pessoa que desconhece o que é o mundo desconhece o lugar e as circunstâncias onde está.
O trabalho da
natureza do universo consiste em manter permanente a mudança; por isso, não se deve temer a presença do novo. És
tu que dás o remate à atividade levada a cabo segundo teu próprio impulso e
critério e, sobretudo, segundo teu entendimento (livre-arbítrio). A dor é um mal para o corpo ou
o é para a alma. Quanto à alma, porém, a ela é facultado preservar sua própria
serenidade e calma. De fato, todo juízo, impulso, desejo e todo ato de se
esquivar de algo residem no interior de cada um, onde nenhum mal acessa.
Conforme Epicuro de Samus [341 a.c ]: o sofrimento não é intolerável ou
eterno desde que te lembres de seus limites e que a ele nada acrescentes. A
natureza não impossibilita que cada um estabeleça seus próprios limites e faça –
uma vez estando em suas mãos – o que diz respeito a ti. Os humanos temem a
mudança, mas o que pode vir a ser dissociado da mudança? O que é mais agradável
ou mais próprio à natureza do universo: a mudança ou a mesmice, a estagnação?
Podes ser nutrido sem que o alimento sofra uma mudança? Quantas coisas úteis para
serem realizadas necessitam de mudanças? É preciso reconhecer como necessária a
mudança como um bem para ti tal qual esta é para a natureza do universo. Como
consequência natural da mudança, em
breve [com a morte] tu terás esquecido tudo, e tudo terá te esquecido. Todas as coisas são
transitórias, são transformadas pela natureza, governante maior do universo. Sob o prisma da analogia, considere que como montes de areia
depositados uns sobre os outros as últimas ocultam as areias anteriores, do
mesmo modo, na vida as coisas que acontecem antes são rapidamente cobertas por
aquelas que acontecem depois. Observe o curso dos astros como se estivesses
sendo transportado com eles e pondera constantemente nas transformações que os
elementos operam entre si porque, com efeito, tal ideia produz uma limpeza das
coisas sujas da vida terrena. Examine as mudanças do passado atentamente, de
fato não sairão da regularidade daquilo que acontece atualmente e acontecerá no
futuro.
Quantos daqueles
com os quais o leitor ingressou no mundo já se foram! Quão rapidamente o tempo
a tudo isso cobrirá e quanto já não cobriu! Afaste-se da busca fútil por
desfile triunfal. Quantas pessoas que se tornaram célebres no passado já foram
condenadas ao esquecimento; quantas que lhes concederam essa celebridade também
já pereceram! Em breve tu terás esquecido tudo, e tudo
terá te esquecido. Sob o prisma da analogia, considere
que como montes de areia depositados uns sobre os outros as últimas ocultam as
areias anteriores, do mesmo modo, na vida as coisas que acontecem antes são
rapidamente cobertas por aquelas que acontecem depois.
O mundo digital e as transformações da sociedade em razão
desta aceleraram as mudanças no mercado de trabalho nos últimos 20 anos como
nunca antes em séculos, criando novas e destruindo antigas oportunidades [uma
das oportunidades a ser destruída pode ser a sua]. É preciso ter vontade/disposição/capacidade
de aprender em cada segundo e
oportunidades ao longo de toda a vida. Até o fim de 2022 cerca de 50% das
habilidades profissionais que existem hoje serão transformadas, sendo
substituídas por outras, deixando de ser necessárias ou sendo complementadas [fonte: Fórum Econômico Mundial]. Mais de 1 bilhão de empregos no mundo serão
completamente transformados ao longo da atual década [2020 a 2030 – fonte:
fórum econômico mundial]. Em 2022, 133 milhões de novos empregos serão criados
pela digitalização [fonte: Future of Jobs, World Economic Forum]. Até 2025,
mais da metade do trabalho no mundo já será realizado por algoritmos e máquinas
[fonte: Future of Jobs, World Economic Forum]. Trabalhadores precisarão aprender
mais habilidades sócio-emocionais e habilidades tecnológicas para poder ocupar
faixas salariais mais altas. No cenário pós-covid, a grande maioria das pessoas
precisará se requalificar para novos trabalhos [fonte: Future of Work after
Covid-19, McKinsey Global Institute]. Profissionais especializados com nível de
pós-graduação ou MBA ganham em média 66% mais do que profissionais não
especializados, uma diferença que tende a aumentar em favor de formações capazes
de especializar um profissional [Fonte: FGV].
Existem novas regras para o “big business” que substituíram os ensinamentos de nossos pais e avós e podem ser resumidos em uma máxima: arranje um monopólio e deixe a sociedade trabalhar para você. Isso vale mais do que uma mina porque não exige nenhum trabalho, seja físico ou mental, para ser explorada. (Confissões de um Monopolista)
Muitos buscam segurança financeira (manter o valor do dinheiro) em
imóveis, todavia, os imóveis também valorizam ou desvalorizam no tempo em razão de fatores intrínsecos e extrínsecos.
Vamos entender o motivo ou os motivos que levam a isso. As condições internas: basicamente, tratamos da condição do imóvel.
Imóveis com boa aparência, boa infraestrutura interna, que não demandam obras, demandam
menor investimento após a aquisição. Logo, um imóvel com boas condições
internas tem maiores chances de se valorizar. As condições intrínsecas do
imóvel parecem variáveis sob o controle do proprietário. Todavia há condições externas ao imóvel que não
estão no controle do proprietário: oferta e demanda, infraestrutura externa e
taxas de juros. A oferta e demanda é um fato clássico: caso haja maior
procura por imóveis ou menor oferta de imóveis, a tendência é de que o preço
aumente. Fatores como: aumento da população e localização do imóvel contribuem
para tal. Falando da infraestrutura externa e conectando com o item
“localização” anteriormente citado, as condições da região ao redor do imóvel
podem influenciar positivamente ou negativamente o preço do imóvel, levando à
valorização ou desvalorização. Mudanças nas condições de acessibilidade, fluxo
de pessoas, tipos de construção ao redor, serviços disponíveis... podem
impactar positivamente ou negativamente o imóvel. Quando ocorre a redução nas
taxas de juros, menor o custo para financiar o imóvel; desta maneira, mais
pessoas se interessam pelo imóvel, o que leva à valorização.
O funcionamento das economias e dos mercados é altamente impreciso e variável, e os pensamentos e o comportamento dos outros desconhecidos atores fazem com que o ambiente seja modificado de maneira frequente. Mesmo fazendo-se tudo corretamente, outros investidores podem ignorar os ativos preferidos de uns; a gestão pode desperdiçar as oportunidades da empresa; o governo pode mudar as regras; ou a natureza pode nos oferecer uma catástrofe, etc.. Considerando o resultado futuro em termos probabilístico, a sorte pode fazer com que um tolo sortudo pareça um investidor habilitado, sobretudo no curto prazo. Pode haver um prêmio para a agressividade que não presta um bom serviço no longo prazo. O sucesso no curto prazo pode levar a um reconhecimento sem a atenção necessária à provável durabilidade e consistência dos resultados no longo prazo. Todavia, probabilisticamente, também é verdadeiro que no longo prazo os melhores investidores tendem a receber os melhores retornos. Em suma, é importante estar ciente de que o mercado de renda variável não é ordenado e lógico. O futuro não pode ser previsto e atitudes [decisões] específicas não necessariamente produzirão resultados específicos. O surgimento e aproveitamento de ótimas oportunidades também muito depende do acaso ou aleatoriedade, também adjetivada de sorte, e não apenas do adequado conhecimento. Grande parte do sucesso de tudo o que se faz na vida é fortemente influenciado pela sorte ou azar no passado, presente e futuro. No campo da realidade, tão certo quanto não haver fórmula exata que possibilite saber qual a durabilidade futura de uma melhor relação custo-benefício de um ativo no presente é o fato que não investir em nada com medo do futuro é uma decisão ainda muito pior, será o pior resultado no longo prazo. Todavia, é possível reduzir os riscos dando mais relevância aos pontos fracos do que os pontos fortes do momento para não estendê-los ao imaginário e insondável futuro. Em suma, invista com precaução, sem exagerado otimismo.
Na história humana existem os poucos destacados e outros milhares esquecidos citados nas suas notas de rodapé, que também podem possuir as mesmas qualidades intelectuais daqueles poucos e a única diferença destes em relação àqueles se deve ao fato de aqueles terem assumido riscos e terem sido auxiliados pelo acaso [sorte]. O que representa preocupação para a maioria representa oportunidade de comprar mais ativos com menos dinheiro para poucos. Assim como uma pessoa que não conhece todas as possibilidades de uso de um forno de microondas acaba usando-o apenas para descongelar alimentos, aqueles que não conhecem as peculiaridades e vantagens do Mercado Acionário acabam não investindo ou usando-o da pior forma possível: para especular por si mesmo ou por intermédio de decisões de terceiros interessados.
O que nos põe em apuros não são apenas as coisas que não sabemos, mas principalmente aquelas que, mesmo não sendo claramente verdadeiras, temos certeza de que são. [Mark Twain]