Na ausência de uma
competição genuína, como o governo saberia determinar os preços, e como os
gerentes de fábricas saberiam que artigos produzir e em que quantidades? Supor
que todo esse conhecimento estaria automaticamente em poder da autoridade planejadora
parece ignorar o ponto mais importante de que os preços de mercado são,
basicamente, um meio de comparar e transmitir informações. Os sistemas
centralizados podem parecer atraentes no papel, mas não conseguem lidar com o
problema da “divisão de conhecimento” que é o verdadeiro problema central da
economia como ciência social.
Para compreender
melhor, imagine diante de si a tarefa de um planejador central em uma economia
coletivizada onde antes de decidir para onde dirigir as matérias-primas e os
trabalhadores disponíveis, precisa saber que artigos as pessoas querem comprar
e como esses artigos podem ser produzidos da forma mais barata. Mas, esse
conhecimento só é mantido na cabeça dos consumidores e dos empresários
individuais, nãos nos arquivos de uma agência de planejamento central. A não
ser que o planejador central possa descobrir um jeito de obter essas
informações, não estará em condições de dirigir os trabalhadores e as
matérias-primas para os usos mais produtivos, e o resultado certo será o de um
grande desequilíbrio e desperdício.
O problema central
do uso do conhecimento na sociedade é o de como assegurar a melhor utilização
possível dos recursos conhecidos por qualquer membro da sociedade para
fins cuja importância relativa só esses indivíduos conhecem. Em resumo: é
um problema da utilização do conhecimento que não é concedido a ninguém em sua
totalidade.
A grande vantagem
da produção organizada em um sistema de livre-mercado é que as empresas não
precisam sair e perguntar aos consumidores o que deve ser fabricado, em que
quantidade e por qual preço porque estes já transmitem essas informações.
Pelo preços praticados o empreendedor já pode estimar que custo deve possuir
para poder competir. O preço de um bem no livre-mercado comunica se os consumidores
compram ou não e se os produtores produzem ou não. Os preços são justos e
neutros entre as partes porque, embora tenham relação com a natureza do serviço
ou produto, preço de insumos, concorrência, lucros almejados, obrigações
tributárias, etc. são usados livremente como referência entres as partes na
negociação. Todo preço tem um significado para cada consumidor de custo
marginal e utilidade marginal em razão de muitas variáveis especialmente no que
se refere à renda. Um desconto sobre o preço objetiva maximizar a sua utilidade
marginal. No livre-mercado os preços são justos, eficientes e eficazes na
dosagem do valor relativo da maioria dos bens e serviços.
Nos primórdios do
socialismo no bloco soviético, o método de reforçar a produção de artigos
básicos como aço e trigo, a ideologia coletivista mostrou-se comparativamente
eficaz. Mas quando as economias comunistas passaram da etapa inicial da
industrialização, já não foram capazes de lidar com as variadas demandas de uma
sociedade impulsionada por milhares de consumidores e diversidade de produtos.
As informações sobre as preferências do consumidor se perderam ou foram
ignoradas e, com isso, sacrificaram-se a inovação e as vantagens comparativas.
A determinação dos preços está entre os fatos econômicos mais complexos. Tentativas de controla-los artificialmente com bruxarias econômicas planificadas sempre produziram uma confusão generalizada cujo resultado é em efeito cascata que termina por desorganizar a economia inteira.
A história da pele
de toupeira na economia soviética ilustra bem o problema da ausência de um
sistema livre de preços. Nikolai Shmelev e Vladimir Popov em seu livro de 1990
, “The Turning Point: Revitalizing the Sovietic Economy (O ponto de virada:
revitalizando a economia soviética), recordam o que aconteceu quando o governo
de Moscou aumentou o preço que pagaria pela pele de toupeira, levando os
caçadores a fornecer mais: As compras pelo Estado aumentaram e todos os centros
de distribuição ficaram lotados dessa pele. A indústria foi incapaz de
usar todo o estoque, e essas apodreciam nos armazéns antes de serem
processadas. O pedido para que o preço pago pelo governo fosse baixado não era
atendido porque seus integrantes estavam muito ocupados para decidir. Não tinham
tempo: além de estabelecer os preços dessas peles, precisavam manter o controle
de mais de 24 milhões de preços !
O Plano Cruzado (1986) é exemplo brasileiro notório: aprisionou a realidade em uma panela de pressão lacrada com a maquiagem econômica socialista e a pressão tornou-se tanta que ao escapar explodiu o edifício inteiro. Em 1987, a inflação já era maior do que outras do plano cruzado. O Edifício da prosperidade socialista foi erguido sobre bases de geléia.
O volume de
informações que as autoridades podem usar é sempre muito limitado, e o mercado
contemporâneo utiliza um volume infinitamente maior do que as autoridades são
capazes de conhecer e usar. Uma economia moderna é imensamente complicada
e resultados agregados como o índice de desemprego e a inflação surgem de
decisões tomadas por milhares de indivíduos e empresas. A economia norte-americana,
por exemplo, é constituída aproximadamente por 327,2 milhões de pessoas, 110
milhões de famílias e cerca de 30 milhões de empresas (base 2018). Outros importantes
atores são o Governo Federal, responsável por 1/5 do PIB, 50 governos
estaduais, e numerosas municipalidades. Todos decidindo quanto, onde e como
gastar !
O resultado do que
ocorre onde os governos substituem os sinais dos preços na economia de mercado
pelo planejamento central e por preços estabelecidos administrativamente é fato
notório. O exemplo mais recente é o da Venezuela. Adam Smith, Mill e Hayek viam
o livre mercado (laissez-faire) como o único fiador da liberdade individual.
A
ideologia socialista é bonita no papel, de consistência prática no exato oposto.
Na prática exige um verdadeiro exército de administradores governamentais
habilidosos, capazes de gerenciar as empresas estatizadas sobretudo em épocas
de desaceleração econômica. Nestas épocas, os “capazes” socialistas desviam
dinheiro de gastos urgentes e investimentos viáveis para reavivar empresas mortas ou quase mortas, ou
seja, para um buraco sem fundo!
Em épocas de crise econômica, o povo torna-se mais suscetível ao ‘canto da sereia’ dos discursos a favor da ideologia socialista, embora nessas épocas a estatização faz menos sentido.
A idealização socialista ou comunista com frequência é fruto de INVEJA, RESSENTIMENTO E REVANCHE, expressa por meio de intervenção estatal na riqueza alheia (propriedades e meio de produção), geralmente sem ressarcimento adequado aos proprietários.
No imaginário da mente doentia dos radicais teóricos socialistas, popularmente conhecidos no Brasil como esquerdopatas, os alvos da nacionalização são exploradores capitalistas que ficaram ricos à custa da classe trabalhadora que, por sua ignorância e vez, à parte a inveja, acredita que poderá retomar e usufruir dessa riqueza confiscada por meio do Estado socialista.
Em épocas de crise econômica, o povo torna-se mais suscetível ao ‘canto da sereia’ dos discursos a favor da ideologia socialista, embora nessas épocas a estatização faz menos sentido.
A idealização socialista ou comunista com frequência é fruto de INVEJA, RESSENTIMENTO E REVANCHE, expressa por meio de intervenção estatal na riqueza alheia (propriedades e meio de produção), geralmente sem ressarcimento adequado aos proprietários.
No imaginário da mente doentia dos radicais teóricos socialistas, popularmente conhecidos no Brasil como esquerdopatas, os alvos da nacionalização são exploradores capitalistas que ficaram ricos à custa da classe trabalhadora que, por sua ignorância e vez, à parte a inveja, acredita que poderá retomar e usufruir dessa riqueza confiscada por meio do Estado socialista.
Adam Smith (
Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de Julho de 1790) foi
um filósofo e economista britânico nascido na Escócia. Teve como cenário para a
sua vida o século XVIII. É considerado o pai da teoria do
liberalismo econômico. Nas palavras de Adam Smith, o combustível que mantém o
mecanismo do mercado em funcionamento é o egoísmo humano:
“Não é a bondade
do açougueiro, do fabricante de cerveja ou do padeiro que esperamos receber o
nosso jantar, mas da consideração de cada um deles por seus próprios
interesses”. Não falamos diretamente à sua humanidade, mas ao seu egoísmo, e
nunca falamos com eles a respeito das nossas necessidades, mas das
vantagens que eles terão. Ninguém, a não ser um mendigo, prefere depender
basicamente da bondade de seus concidadãos. O capitalismo não é apenas uma
maravilha econômica: é um dispositivo divino que toma os atos individuais de
egocentrismo e de alguma maneira os transforma em resultados socialmente
benéficos."
A Teoria do Livre Mercado de Adam Smith reflete a inocência de sua origem nos meados do século XVIII. Adam Smith não percebeu em sua época que
atos individuais de egoísmo nem sempre levam a resultados socialmente
desejáveis. Ter consciência dos benefícios dos mercados livres
não deve nos cegar para seus defeitos. A natureza humana livre polui o bom
equilíbrio em tudo, sobretudo onde o foco é o dinheiro. O fato a seguir ajuda a entender a natureza humana: Paleontólogos europeus na China do século XIX procurando adquirir ossos de dinossauros escassos pagavam a camponeses por fragmentos de ossos. A oferta subitamente aumentou. Quando os camponeses achavam ossos, esmagavam-nos para aumentar o número de pedações que podiam vender. Isso não era bem o que os paleontólogos esperavam obter com o estímulo econômico. Essa observação é importante porque demonstra como as pessoas violam rotineiramente os modelos de comportamentos "racionais" nas estimativas teóricas dos economistas. O impacto disso é tão relevante que fomentou o surgimento da "economia comportamental". O livre mercado possibilita tanto fornecer “o
bom para mim e o bom para você”, quanto “o bom para mim e o ruim para você”.
São exemplos notórios os mercados do: tabaco, álcool, drogas e jogo. O
crescimento econômico não é só para o bem. Nem sempre é possível tomar o todo pela parte. Exemplifico: Em
1907, a Índia tinha praticamente o
monopólio muito lucrativo do comércio de juta, um vegetal fibroso do qual se
pode tecer sacos. Alguns comerciantes desonestos ameaçavam o negócio vendendo
uma espécie inferior e barata de juta que não tinha durabilidade. Era
teoricamente possível que se os compradores no exterior evitassem a juta
indiana, os comerciantes desonestos fossem obrigados a fechar as portas, e que
o livre mercado corrigisse o problema. Contudo, as pressões da concorrência
obrigavam que os comerciantes indianos honestos imitassem os desonestos, para
não perderem a sua fatia do mercado ou mesmo desaparecerem. Embora a
adulteração fosse claramente contrária aos interesses de todo o mercado ( o
coletivo ), era do interesse ou necessidade individual praticá-la, fosse pelo lucro ou
pela sobrevivência. Esse é um exemplo onde a única solução está na intervenção
do governo por meio de aprovação de leis que protejam simultaneamente os
produtores honestos e os compradores. O paradoxo da poupança é outro exemplo
emblemático: Se todas as pessoas poupassem mais em momentos de declínio da
economia, as indústrias de construção, de hotelaria e de veículos podem ser
obrigadas a dispensar empregados.
Quando a economia entra em declínio (
conforme fim do governo do PT em 2015 e 2016 ) as pessoas ricas tendem a
entesourar seus recursos. Ainda que o Banco Central imprima mais dinheiro as
pessoas e empresas tendem a segurar o dinheiro extra em vez de gastá-lo. A
economia fica presa numa armadilha de
liquidez, onde novos aumentos de oferta de moeda provocará pouco ou nenhum
impacto sobre as taxas de juros e os gastos. Na crise financeira nos USA de
1932, quando grande número de bancos faliu, a maioria ficou propenso a não
abrir mão de sua poupança em dinheiro mesmo diante de alternativas razoáveis.
Adam Smith não
considerou que os interesses egoístas individuais nem sempre andam em paralelo
ou contribuem mais que proporcionalmente para o interesse coletivo. A época em
que viveu também o influenciou . Ele certamente não poderia tratar todos os
problemas que afligem as economias das sociedades modernas. Uma das
características definidoras da teoria econômica era a sua abstração da
realidade. Tanto o pessoal da “teoria do equilíbrio geral” quanto os ferrenhos
defensores da metáfora “da mão invisível” de Adam Smith (Escola de Chicago)
pintavam o mundo em termos do modelo da competição perfeita, embora houvesse
alguma variação em torno de seus critérios. O mundo contemporâneo
mostrou que as economias de livre marcado produzem tanto feedbacks positivos
quanto negativos. No Mundo moderno,
se uma fábrica de produtos químicos emite fumaça nociva sobre um projeto
habitacional nas proximidades, o direito que tem a fábrica de realizar seu
legítimo negócio é examinado em face do direito que as pessoas que vivem nas
proximidades têm de respirar ar puro e não apenas pelas regras da eficiência da
economia com base no princípio dos preços livres. Apesar de ter sido alguém
além de sua época, há muitos aspectos da interdependência social que não
poderia sequer ser imaginado por alguém de sua época. Em sua forma extrema, a crença no livre mercado total e irrestrito é tão ingênua quanto à crença em Papai Noel. A ânsia para aumentar os lucros cega muitas pessoas para qualquer coisa que possa estar no caminho. Quanto o lucro se torna um bem supremo, irrestrito por qualquer outra consideração ética, pode facilmente levar à catástrofe. O capitalismo já matou milhões por pura indiferença unida à ganância, porém, a seu favor está que a forma de tentar governar o mundo de forma radicalmente diferente - o comunismo - foi muito pior em praticamente todos os aspectos concebíveis.
Vejamos um exemplo
no mundo dos negócios mais popular onde o interesse coletivo supera o
individual: refiro-me à competição entre restaurantes. É ruim para os seus
donos e ao mesmo tempo bom para o coletivo (os clientes) e - sob certo ponto de
vista - para os próprios restaurantes que são forçados a melhorar para não
ficar para trás. Se cada restaurante fosse infalível e resistente à competição
não ofereceriam nada além do que uma comida de bandejão.
No mercado algumas
partes precisam ser vulneráveis para que o coletivo seja forte. A desigualdade
de renda alimenta o consumo de artigos de luxo. Esse tipo de negócio ganha com
a dispersão da renda, com a minoria rica em seu extremo e não com o aumento da
média.
Vejamos uma
situação onde o interesse individual supera o coletivo: Quando uma central
elétrica queima carvão para gerar eletricidade, o dióxido de carbono que
ele cria é um subproduto que escapa para a atmosfera. Produzir eletricidade a
partir do carvão é muito mais barato do que construir vastas fazendas de
moinhos de vento ou instalar painéis solares. Dito de outra forma: os custos
sociais da queima do carvão e de outras formas de carbono divergem do custo
industrial (privado, individual).
Como as pessoas
que participam da economia buscam seus próprios interesses, na melhor das
hipóteses é preciso receita para cobrir os custos, reagindo aos sinais que os
mercados emitem, tal como o custo comparativo de produção. É nesse sentido que
as questões climáticas são um fracasso de mercado que não é corrigido por
qualquer instituição ou pelo próprio mercado, a não ser que haja intervenção
política.
A essência da
utopia da economia absolutamente de livre mercado é a de que esta com o seu
conjunto de preços, com os quais empresas e consumidores equacionariam custos
privados e benefícios privados, produziriam um resultado eficiente. Ela não
considerava a relação entre custos sociais e benefícios sociais, do ponto de
vista da sociedade, do interesse coletivo. O livre mercado puro e simples não
leva a esse equilíbrio e os resultados que produz nem sempre são eficientes e
socialmente desejáveis.
Um exemplo
clássico onde o valor social de uma atividade é mais baixo que o seu valor
privado é o de uma fábrica que despeja dejetos tóxicos em um rio. Um exemplo
clássico onde o valor social supera o valor individual é o de iluminação de um
parque público, onde existe a dificuldade de cobrar-se pelo uso, muito embora
os benefícios sociais sejam claramente substanciais.
A grande
contribuição de John Maynard Keynes foi a de acreditar que a análise cuidadosa
da economia revelava numerosas áreas onde não se justificava uma política de
laissez-faire, e justificava assim a necessidade de uma intervenção pública. Os
participantes do mercado geralmente não fazem a distinção entre o valor privado
(particular, individual) e o valor social da atividade econômica. Os
industriais não estão interessados no social, mas apenas no produto privado
líquido de suas operações, sobretudo quando o coletivo representa aumento de
custo e queda de receita. Em todos os países há falhas e imperfeições, mesmo
nos mais desenvolvidos. Há muitos obstáculos à distribuição dos recursos de uma
coletividade da maneira mais eficiente. Essa adoração à mão invisível não menciona que o que, em geral, habilita as economias modernas a "se corrigirem" é a pronta mão governamental.
No Brasil de hoje vivemos a polêmica gerada pelo discurso liberal direcionado para desmoralizar os intervencionistas e vice-versa. Contudo, com uma característica peculiar, a maioria dos interlocutores são ignorantes e falastrões que não sabem com profundidade do que estão falando. As críticas ao capitalismo se pautam mais em rancor alimentado pela inveja e ignorância do que pela razão. As agressões vão de frases de insinuações sarcásticas até a agressão física. Dependendo do momento econômico, a massa do eleitorado brasileiro elege uns como prodígios e outros como trapalhões incompetentes ou peças de museu, nada impedindo que troquem de posições com as circunstâncias do momento.
No Brasil de hoje vivemos a polêmica gerada pelo discurso liberal direcionado para desmoralizar os intervencionistas e vice-versa. Contudo, com uma característica peculiar, a maioria dos interlocutores são ignorantes e falastrões que não sabem com profundidade do que estão falando. As críticas ao capitalismo se pautam mais em rancor alimentado pela inveja e ignorância do que pela razão. As agressões vão de frases de insinuações sarcásticas até a agressão física. Dependendo do momento econômico, a massa do eleitorado brasileiro elege uns como prodígios e outros como trapalhões incompetentes ou peças de museu, nada impedindo que troquem de posições com as circunstâncias do momento.
O
comunismo também fracassou porque foi incapaz de incentivar a inovação, a
atividade empresarial e o trabalho duro. O capitalismo progrediu também porque
recompensou essas coisas, ao mesmo tempo em que castigava o conservadorismo e a
vadiagem. O sistema do mercado capitalista é cruel e implacável, mas como até
Marx observou, é incomparavelmente produtivo. Ele motivou expedições que
suplantaram todos os êxodos de nações e cruzadas.
John Maynard
Keynes dizia que o capitalismo precisava de uma supervisão adulta: sem
fiscalização, ele tinha produzido uma depressão em escala mundial, e, em última
análise, o fascismo e o comunismo. Nos anos 1930 e 1940, já era mais que óbvio
que as pessoas comuns precisavam de assistência médica decente, ar respirável e
dinheiro para se aposentar, e que o mercado totalmente livre não conseguiria
oferecer nada disso. Por que? Porque a natureza humana não possui o atributo da
honestidade como valor absoluto e a maioria é capaz de fazer tudo por dinheiro
! De forma muito simples, mas no âmago da questão, Adam Smith, em sua teoria do
livre mercado, falhou em não considerar a natureza humana. A base da economia
do livre mercado está no bem da coletividade por meio da busca racional do
interesse egoísta individual, sendo este um detalhe no conjunto natureza
humana.
Ao transferir o nível de análise
econômica do interesse individual para toda a economia e ao desacreditar
algumas doutrinas de livre mercado extremamente enganadoras. Keynes deu importante
contribuição não apenas à economia, mas á história. A idéia de que a oferta
cria sua própria demanda desapareceu.
Vejamos o que
motivou a crise econômica no mercado norte-americano em 2007 e 2008 conhecida
como a bolha do mercado de hipoteca imobiliária.
Antes da crise da
bolha imobiliária nos Estados Unidos em 2008, os diversos interessados no
mercado do crédito hipotecário estimulados pela remuneração baseada em
incentivos vinculados às taxas de retorno geradas por suas
empresas disfarçaram o nível do risco que seus clientes corriam, os
corretores de hipotecas induziram famílias de baixa renda, sem trabalho seguro
e sem patrimônio a contratar arriscadas dívidas em razão de seus ganhos
monetários em comissões. Assim como os analistas de crédito que aprovaram os empréstimos,
os Bancos de investimentos que os “maquearam” em títulos “seguros” lastreados
em hipotecas, os analistas das agências de avaliação de risco que ratificaram
esses títulos como seguros, e os administradores de fundos de investimento que
os compraram. O boom das hipotecas com garantias duvidosas é um exemplo
emblemático do fracasso do capitalismo de livre mercado diante de uma percepção
limitada, da incerteza, de informações ocultas, da tendência de seguir a moda
(efeito manada) e da abundância de crédito.
A ganância é
onipresente, é o “primitivo” do modelo capitalista. Ela é agravada pelo
ambiente social competitivo que não incentiva a humildade de recuar. Ao
contrário, ela estimula a prosseguir na estupidez. Ao falhar em respeitar
algumas regras, como trocar bens por dinheiro, respeitar a propriedade privada
e agir com honestidade, o homem “tropeçou” no método do livre mercado de
preços; o socialismo foi uma tentativa fútil de subverter o processo evolutivo
do ser humano na luta contra a sua própria natureza. Quando o muro de Berlin
veio abaixo e o comunismo entrou em colapso Friedrick August Von Hayek , já
muito idoso, o maior defensor do liberarismo econômico após Adam Smith, não
divulgou qualquer declaração pública, mas gostou muito de ver as imagens de
Berlim, Praga e Bucareste na televisão. Disse seu filho Laurence: “Ele sorria
de contentamento”; e o comentário era: “bem que eu disse”.
A rude
desigualdade social como parte inevitável do capitalismo de livre mercado, tal
como idealizado por Adam Smith, (o liberalismo total) produziu crises que
evoluiu para o extremo oposto da prioridade do planejamento de modo
centralizado da distribuição de recursos de maneira “justa” e, depois,
secundariamente, confiar que o mercado assegure um resultado eficiente. De
novo, um engano. Na teoria, nada impede que a economia alcance o “ponto de
equilíbrio”, mas na prática conceitos abstratos desenvolvidos na alta
matemática nas salas de aula nem sempre têm paralelo com a economia social
(comportamental). Metaforicamente: duas linhas paralelas não têm uma solução
comum.
As falhas do
excesso de liberalismo fomentou crises que resultou no comunismo e o fascismo (
excesso de intervenção ) cuja falência por sua vez produziu a economia social
de mercado. Esta realidade deu origem a uma pergunta difícil: como ter certeza
de que os sinais de preços enviados pelo mercado são os corretos? Não é porque
o planejamento central fracassou que se deve achar que os mercados sempre
funcionam corretamente e vice-versa!
A metáfora da ‘mão
invisível’ de Adam Smith foi substituída pela teoria geral do
equilíbrio. O que nos diz essa teoria? A mesma coisa que a metáfora de Adam
Smith com um novo título. Ela nos diz que existe um mecanismo coordenador
funcionando acima do nível do organismo econômico individual. Essa função é
desempenhada pelos preços, que dão um sinal do valor marginal dos bens para os
consumidores, e dos custos marginais desses bens para os produtores. De modo
que, em um mercado competitivo, não é preciso que um supercomputador ou um
planejador central tente otimizar todo o sistema considerando todos os trilhões
de interações entre os diferentes organismos econômicos, pois os sinais
apropriados são transmitidos pelos preços.
Nem o liberalismo
exagerado, nem o planejamento central exagerado conseguiram melhorar a vida de
todos, por diversas razões desde a individualidade das pessoas até a
interdependência dos fatores de produção e consumo que indica que a melhora na
vida de uns comumente implica na piora na de outras pessoas. Atualmente, uma
única loja da Wal-Mart contém dezenas de milhares de itens diferentes. Em toda
a economia, há inúmeros mercados, muitos deles interligados. Quando a OPEP
reduz as cotas de produção e o preço do óleo para aquecimento sobe, algumas
famílias de baixa renda são obrigadas a comprar menos alimentos e roupas, e
cresce a demanda por aquecedores elétricos e janelas de isolamento térmico. O
preço do pão tem impacto na demanda por manteiga. O serviço de trens Amtrak,
entre Nova York e Washington, afeta a demanda de voos entre as duas cidades.
São incontáveis as interações existentes.
É certo que os
mercados competitivos têm a vantagem comparativa de serem mais eficientes, haja
vista ser uma impossibilidade tirar recursos de uma pessoa e dar a outra mais
necessitada em uma organização social construída sob o primado da liberdade.
Desta feita, a única maneira de melhorar a produção do mercado é criar
condições para que possam ser fornecidos os produtos que o povo deseja, na
quantidade certa, pelo preço mais baixo de acordo com seus critérios de escolha
e valoração. Não podem comprar o que quiserem – isso é utópico - , mas,
levando-se em conta seu orçamento, o mercado de preços mais livres lhes permite
fazer o melhor que podem.
Ilustro a
complexidade que pode existir em uma hipótese simples: Imaginemos o personagem
Robson Crusoé e uma ilha. Tomemos como premissa que ele precisava resolver como
distribuir seu tempo e sua energia para conseguir o máximo bem-estar. Ele deve
gastar mais tempo na caça ou na pesca, na construção de uma abrigo ou na
fabricação de vestuário? Na prática: Se for mais fácil pegar um peixe que
capturar uma animal terrestre, ele deve ir para a praia. Se o seu teto goteja
chuva, ele deve reparar o teto, etc..Do ponto de vista da teoria econômica, ele
deve executar cada atividade até que o benefício adicional produzido por outra
hora dedicada a qualquer delas seja o mesmo. Mas os seres humanos são animais
sociais, respiram o mesmo ar, partilham os mesmos prédios e disputam uns com os
outros por recursos, etc..Nesse ambiente de milhões de interações, os
“respingos” são endêmicos – mesmo em nossa casa. Se permanecemos diariamente em
um ambiente com muitos fumantes, corremos mais risco de ter câncer de pulmão;
se o vizinho ouve música em volume alto, tarde da noite, nosso sono é
prejudicado, etc. Nem todo respingo é negativo. Imagine um apicultor situado
perto de um pomar de macieiras. Ao polinizar as flores das macieiras, as
abelhas ajudam o proprietário do pomar a produzir mais frutas; ao fornecer
néctar para as abelhas, as macieiras ajudam o apicultor a produzir mais mel.
Do ponto de vista
econômico, a questão atual é a de encontrar um meio-termo pragmático entre o
laissez-faire e o coletivismo. Em 1962, Ludwig Erhard, professor na pequena
faculdade Albert-Ludwigs-Universitat, em Freiburg na Alemanha Ocidental, ficou
conhecido como o fundador da economia social de mercado, caracterizada por
defender intervenções do governo no sentido de corrigir imperfeições do livre
mercado. De uma perspectiva purista, o seguro-saúde, a previdência social, a
educação financiada pelo Estado, os programas de desenvolvimento regional e as
agências reguladoras representam violações aos princípios do laissez-faire, mas
nenhum deles infringe mortalmente o núcleo industrial e financeiro dos sistema
de livre empresa. Nos dias atuais o cerne da discussão está na dose de
intervenção do Estado na economia de mercado.
Em toda economia
mais ou menos liberal sempre haverá pessoas que se sairão melhor que outras. E,
quase tão importante quanto, está em quem decide: você ? Eu? O governo? Em
qualquer sistema econômico haverá diferenças de opinião, de escolha, de
valores, de valoração das coisas. A teoria da “mão invisível” de Adam
Smith dizia que as economias de mercado seriam estáveis, e isto ficou provado
ser um grande equívoco. Na ausência de regulamentação os gigantes dominarão
subjugando a concorrência. O resultado será a ineficiência e,
possivelmente, o escândalo.
Se com
regulamentação cigarros foram vendidos por décadas sem o alerta de serem
cancerígenos; propagandas de que cervejas contém substâncias relevantes para a
saúde; que chocolate em excesso não faz mal; crianças são estimuladas ao
consumo de refrigerantes, etc..Imagine o que seria sem regulamentação.
As falhas de
mercado vão dos problemas “micro” a defeitos “macros”, que afetam toda a
economia. Geralmente, porém, a linha divisória não é muito clara. A economia de
livre mercado tem limites. O economista Francis Bator escreveu dois artigos
memoráveis sobre os limites da economia de livre mercado em meados do século
XX. Ele examinou as circunstâncias em que o sistema de distribuição do livre
mercado não manteria atividades desejáveis ou não interromperia atividades
indesejáveis. Ele observou que o Mundo está repleto de coisas que violam as
suposições do modelo: informações imperfeitas; inércia, resistência à mudança;
incertezas e expectativas inconsistentes.
As incertezas e as
informações imperfeitas são características fundamentais de qualquer economia que
contribuem para a má alocação de recursos. Como? O tempo não corre para trás, o
futuro é desconhecido e os negócios, os investidores e os consumidores são
levados a tomar decisões com base no melhor palpite no presente sobre o que
pode vir a acontecer. Às vezes esses palpites se revelam precisos. Em geral,
não. E quando isso acontece, os recursos tendem a ser mal alocados. Mesmo em um
mundo com previsões perfeitas haveria pelo menos três fontes de falhas de
mercado:
1.Uma é o poder do
monopólio ou oligopólio. Este problema é tão velho quanto a economia. Muitas
pessoas tomam conhecimento do assunto desde quando crianças ao brincar com o
popular jogo Banco Imobiliário cujo objetivo é comprar o máximo possível de
propriedades e, após, cobrar dos adversários aluguéis exorbitantes. Nas
indústrias de produção em massa, as grandes empresas quase sempre conseguem
enfraquecer as menores, e, com o passar do tempo, um pequeno grupo dominará o
mercado. Com a competição restringida a uns poucos grandes atores, as empresas
podem fixar os preços bem acima dos custos, violando com isso as condições da
eficiência econômica do livre mercado.
Em todo monopólio
tem-se um sistema econômico que é, em parte substancial, uma economia
planejada. A iniciativa de decidir o que será produzido não vem de sinais
obtidos do mercado. Em vez disso, vem da grande organização da produção que se
apressa em controlar mercados aos quais deveria servir e, além disso, dirige o
consumidor para que satisfaça as necessidades do produtor.
2.A segunda falha
é quando não há retorno financeiro para as empresas investirem em coisas que as
pessoas consideram valiosas porque não poderiam cobrar preços suficientemente
altos para que pudessem valer a pena. Uns exemplos mais notórios seriam: o de
uma usina atômica e o serviços de proteção das forças armadas. Essa é a questão
dos “bens públicos”.
O capitalismo é um
sistema de direitos de propriedade. Em alguns casos, esses direitos estão bem
definidos e são fáceis de aplicar. A American Airlines tem aviões com os quais
voa para cidades do mundo inteiro. Pagando determinado valor, você e eu podemos
comprar o direito de ocupar um assento em um desses voos. Se não temos condição
de pagar, não entramos no avião. Imagine ainda que tenhamos o dinheiro, mas
você comprou o último lugar no voo e não há mais lugar para mim, o assunto está
encerrado. Nesse sentido além do atributo da exclusão de acordo com a renda
disponível, há o atributo da competição ou concorrência ou rivalidade. Essa é a
base da livre-iniciativa.
Agora examine o
caso da Força Aérea de um País. Ela também é dona de uma grande frota aérea, que
usa para patrulhar os céus e proteger os nacionais contra possíveis ataques. A
Força Aérea presta um serviço importante à população de um pais e poderia
vender o serviço aos indivíduos, mas por que isso não ocorre? O bem “defesa
nacional” não se adapta às regras da iniciativa privada. O seu custo é
altíssimo, na prestação de seu serviço não há exclusão em razão da renda dos
indivíduos e não há competição entre estes para receber o serviço de proteção,
ou seja, não é mutuamente excludente. O fato de a Força Aérea defender um
indivíduo não exclui outro. Outros casos óbvios incluem: sistemas de irrigação,
iluminação pública, direito ao ar puro. De forma menos óbvia: a educação, a saúde, saneamento, parques, polícia, etc..
No Brasil, dessas
necessidades quase ninguém precisa ser convencido. Elas existem em exuberância
porque, como as autoridades públicas de todos os tipos e níveis explicam todos
os dias com abalizada habilidade, não existe dinheiro para satisfazê-las. A
economia brasileira nunca esteve preparada para satisfazer as necessidades mais
urgentes dos valores humanos. Sem dúvida, outros fatores tiveram mais
importância, como a preocupação com a atividade de grupos de interesse privado
e gastos com projetos paternalistas do governo.
No domínio dos
bens e serviços não rivais e não excludentes, o fornecimento público não é
apenas inevitável, ele é necessário para assegurar um resultado eficiente. Um
bem público de grande importância e que escapa à atenção da política brasileira
é o conhecimento científico. Nos anos 1950, Robert Solow, economista do MIT,
clculou que, de 1909 a 1949, o progresso técnico-científico sob a forma de
novas invenções e novos métodos de organizar a produção foi responsável por
cerca de 51% do crescimento anual do PIB americano, o que significava que esse
avanço contribuiu mais para a prosperidade do país que o crescimento da
população e a acumulação de capital juntos.
Embora o
conhecimento não esteja associado claramente à rivalidade e a exclusão. No que
se refere às novas tecnologias que são o resultados de elevados gastos em
pesquisas e desenvolvimento, incertos e em grande parte não excludentes, muitas
empresas preferem deixar que outras a descubram para depois copiá-las. Isso
significa que após gastos elevados o êxito poderá ser “furtado”, e a companhia
que gastou poderá ficar sem o lucro esperado.
3.A terceira falha
são os denominados “respingos” negativos das interdependências dos fatores da
economia. Conforme já dito, em toda a economia há incontáveis micro e macro
interdependências. Quando a OPEP reduz as cotas de produção e o preço do óleo
para aquecimento sobe, algumas famílias de baixa renda de locais frios são
obrigadas a comprar menos alimentos e roupas, e cresce a demanda por
aquecedores elétricos e janelas de isolamento térmico. O preço do pão tem
impacto na demanda por manteiga, etc.. Muitos tipos de fracassos de mercado se
caracterizam pela interdependência humana. O que eu faço afeta o seu bem-estar
e vice-versa. O mesmo se aplica aos negócios: Quando uma indústria reduz seus
preços ou oferece empréstimos sem juros, as suas concorrentes são pressionadas
a fazer algo parecido, ainda que suas finanças já estejam apertadas. E,
comumente, não há possibilidade de entendimento em conjunto para que todos saiam
ganhando. Cada empresa precisa tomar decisões de modo independente, levando em
conta o que a outra possa fazer! É possível esperar cooperação para uma solução
mutuamente benéfica? Ou se entregam à competição desenfreada? Uma experiência
envolvia três filhos adolescentes. Foi oferecido aos três um trabalho para tomar conta de crianças e
foi realizado um leilão reverso pedindo a cada adolescente que dissesse qual
era o salário mais baixo que aceitaria, com lance inicial de U$4. Apesar do
explícito incentivo para uma disputa amigável, os jovens acabaram apresentando
lances concorrentes, e o vencedor, que obteve o emprego, foi de apenas U$0,90.
Se os três adolescentes tivessem concordado em apresentar um único lance de
U$4, poderiam dividir o trabalho e o dinheiro, ficando cada um com U$1,33. Se
foi esse o comportamento das crianças, que dizer dos superespertos adultos? Em
geral, prevalecem estratégias egoístas que conduzem a um resultado inferior
para alguém ou alguma coisa. Em muitas indústrias, as empresas gostariam de
restringir o fornecimento e aumentar os preços, mas essa estratégia de
conivência tácita é difícil de manter porque cada uma é incentivada a enganar e
aumentar sua produção. Isso é especialmente verdadeiro em indústrias que
produzem um bem homogêneo, como petróleo, em que é mais difícil detectar a
tapeação.
Podemos ilustrar
esta observação (competição e egoísmo) com a crise do financiamento hipotecário
nos USA. Em um certo momento um número limitado de famílias tem a renda e a
segurança no emprego necessárias para pagar uma hipoteca no prazo. Mas, quando
os preços das casas sobem e os juros são baixos, bancos e outras empresas de
financiamento relaxam seus padrões de créditos em busca de lucro rápido,
emprestando dinheiro para pessoas que estão a um passo da inadimplência. No
começo, algumas das empresas de financiamento mais responsáveis se contêm, mas,
vendo que seus concorrentes ganham fatias de mercado, a pressão para mudar de
estratégia é irresistível. Com o tempo, quase todas as empresas na concorrência
adotam uma estratégia de alta produção, com consequências deletérias que podem
ultrapassar a relação entre credor e devedor. As empresas concorrentes são
prisioneiras uma das outras. A isso se denomina de “dilema do prisioneiro”. A
ruína é o destino para onde muitos correm diariamente, cada um buscando seus
próprios interesses numa sociedade que acredita na liberdade. Nos USA,
madeireiras dizimaram partes da região das sequoias da Califórnia, enquanto em
Nova York, Flórida e muitos outros estados projetos desenfreados de
desenvolvimento imobiliário ameaçam as fontes naturais de abastecimento de água
potável. O primeiro passo para impedir tais resultados é reconhecer a natureza
universal da irracionalidade racional e quanto é difícil vencê-la.
Muitos perguntam:
como pode ser racional para uma sociedade arquitetar sua própria ruína? Todos
não sairiam lucrando se todos usassem menos os recursos públicos comuns ? O
erro desse raciocínio é elementar. Um indivíduo não é uma entidade abstrata
chamada “todo mundo”. Somos todos indivíduos separados, cada um com objetivos
próprios. Mesmo quando nossa capacidade de amar nos leva a fazer sacrifícios
pelos outros, cada um de nós só pode fazê-lo à sua maneira, e por suas próprias
razões. Se fingirmos que não é assim, não há esperança de que algum dia
saibamos lidar adequada e sensatamente com as tragédias da vida em
coletividade.
Os videos ilustram o caos econômico em um país com sistema de preços controlado:
Os videos ilustram o caos econômico em um país com sistema de preços controlado:
Warren Buffett
afirmou que seria um mendigo na rua se os mercados sempre fossem eficientes. Em
outras palavras: o mercado não é perfeito, os preços das ações não refletem
necessariamente a realidade, a teoria na prática pode ser outra !
Para aproveitar as oportunidades precisa-se além do preparo intelectual adequado muita confiança em si e autoestima. Até o meado do século XX optar por um sistema econômico mais liberal ou mais centralizado era um questão filosófica. O mundo havia saído de um sistema muito liberal que gerou muitos problemas para um sistema muito oposto que ainda não havia mostrado o seu resultado com transparência. Atualmente, ser o que se denomina no brasil "de esquerda" não é mais uma questão de filosofia de vida, mas de psiquiatria: de inveja, de ressentimento, de frustração, de insegurança, de ignorância, de falta de autoestima.
No Livro "A Psicologia dos Investimentos" o
leitor aprenderá a utilizar a volatilidade dos preços livres das ações
para obter sucesso como investidor no mercado acionário que representa uma grande oportunidade do sistema capitalista.
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