QUE DINHEIRO PERDIDO !
O tempo é uma força muito poderosa nos investimentos. Faz os capitais pequenos crescerem e os erros maiores diminuírem de importância ou até desaparecerem. Ele não tem como neutralizar a sorte e o risco, mas encaminha os resultados para mais próximo daquilo que você fizer por merecer.
“O mais importante
é invisível aos olhos”
[Antoine de
Saint-Exupéry – 1900-1944)
Um dia uma jovem ouviu de uma vidente que ela teria uma vida lastimável. Sabendo disso e buscando provar que a vidente estava errada, ela evitou tudo que pudesse causar risco. Nunca se arriscou em nada! Depois de 90 anos evitando todos os imaginados problemas ela percebeu que a vidente havia acertado a previsão. Moral: quem não luta por alguma coisa será vencido por qualquer coisa. As pessoas inteligentes prestam muita atenção ao custo de fazer alguma coisa. Os sábios vão além, também prestam muita atenção com os custos de não fazer nada.
O medo procura servir a si mesmo dominando o mundo, enquanto os destemidos buscam servir o mundo dominando a si mesmos.
Se alguém pudesse apagar todos os erros do seu passado, também seria apagada quase toda a sabedoria do seu presente. Com efeito, se for perdida a consciência dos próprios erros, que razão haverá para viver?
O amanhã começa hoje. De um ponto de vista otimista pense que você não falhou no teste, mas que só encontrou 100 maneiras de fazer errado até agora.
“Quem presta atenção às experiências da
vida frequenta o círculo dos sábios.”
=================
As crenças não são necessariamente fatos. Apenas acreditar que investir no mercado de renda variável é muito arriscado não faz isso ser verdadeiro. Por que parar de agir em razão de crenças negativas incertas e não trabalhar para entender a verdade? Enquanto a visão do mercado de renda variável for de algo perigoso, ele será naturalmente evitado. Quantos sonham em conseguir a liberdade de viver do jeito que quisesse com segurança financeira produtora de paz de espírito? A melhor coisa na vida é a liberdade. Dinheiro com liberdade e segurança financeira é produtor de saúde! A renda elevada é uma das variáveis mais importantes que afeta a saúde e a longevidade. Acima dela só está a renda elevada com o atributo da sensação de sua segurança, estabilidade e durabilidade. Porém, esta simples afirmação conclusiva não é a história total. Observe aqueles que adquiriram muito dinheiro de forma abrupta, sem tempo suficiente para ganhar sabedoria. Observe como usam o dinheiro. Sentem-se venerados pelos outros com base nos bens que ostentam. Essas pessoas sem sabedoria são vitimas dos seus instintos/desejos naturais primitivos autodestrutivos, em pouco tempo perdem todo o dinheiro que conseguiram sem paralelo com o valor correspondente.
De que vale o ouro na mão do tolo se ele não tem entendimento!
cada um busca e recebe conforme o seu entendimento"
Para quem estes ensinamentos são úteis? (1) Pessoas comprometidas com seus objetivos/sonhos; (2) Pessoas capazes de agir para atingir seus propósitos; (3) Pessoas que gostam de participar ativamente para atingir seus nobres objetivos. Para quem estes ensinamentos NÃO são úteis? (1) Para quem não está comprometido com o sucesso [seja o que este representar]; (2) Para quem espera enriquecimento rápido; (3) Para quem consome informação, mas não coloca em prática.
No tempo, as pequenas despesas se tornam grandes despesas. E pequenas quantias investidas periodicamente, também se tornam grandes investimentos. No equilíbrio financeiro está a capacidade de lidar com o dinheiro. O dinheiro é o meio pelo qual as coisas podem ser atingidas, mas é importante saber que o dinheiro deve ser usado com cautela, pois sempre haverá momentos de dificuldades na vida para todos. Por conta disso, hábitos saudáveis de poupança e investimentos devem ser aprendidos e praticados constantemente.
As
pessoas inteligentes prestam muita atenção ao custo de fazer alguma coisa. Os
sábios vão além, também prestam muita atenção com os custos de não fazer nada.
Os autores do livro "O Milionário Mora ao
Lado" relatam o caso nos USA de um casal que fumava 3 maços de cigarro por
dia, que equivalem a 1.095 maços por ano. Em 46 anos eles fumaram 50.370 maços
de cigarro e pagaram por isso aproximadamente U$33.190,00 dólares. Se tivessem
investido esse dinheiro, periodicamente, na Bolsa de Valores por 46 anos com
base apenas em seus índices de ganhos médio, e reaplicado todos os dividendos
durante esse tempo, eles teriam feito um patrimônio de quase U$ 100 mil. E se
tivessem comprado ações da fábrica de cigarros Philip Morris e reinvestido
todos os dividendos, ao final de 46 anos, o casal teria as suas ações dessa
empresa valendo mais de U$2 milhões.
Tanto o casal americano deste exemplo quanto a maioria das pessoas no mundo capitalista não imagina que “os trocados” podem ser transformados em significativa riqueza. A imaginação também depende do conhecimento. Acredito que muitos mudariam suas vidas se soubessem a matemática da multiplicação da riqueza possibilitada pelo investimento com ganhos em capitalização composta no mercado acionário.
Se transformar algo em abundância gerar escassez, criar-se-á um duplo trabalho – produzir abundância e depois ter de repor, por causa da abundância gerada, o que se fez de escasso. É melhor não fazer nada do que transformar algo em nada. A própria definição de vida é saber administrar o máximo de estudo, o máximo de riqueza e o máximo de respeito aos que (e as coisas que) estão ao nosso redor dentro do limite do melhor custo-benefício.
O tempo de um homem, quando bem administrado, é como
um campo cultivado no qual alguns poucos acres produzem mais coisas úteis à
vida do que extensas províncias, mesmo de solo mais fértil, sufocadas por mato
e espinheiros. Todas as perspectivas de sucesso na vida, ou mesmo de uma
tolerável subsistência, falharão se faltar uma razoável frugalidade. Sem esta,
o acervo patrimonial, em vez de aumentar, diminui diariamente, e torna seu
proprietário muito mais infeliz, já que, não tendo sabido limitar suas despesas
quando contava com uma renda elevada, será ainda menos capaz de viver a
contento com uma renda menor. E assim encontramos indignos esbanjadores que,
tendo consumido suas fortunas em selvagens libertinagens, odiados pelos
depravados, desdenhados e até pelos imbecis, insinuam-se em todas as mesas
fartas e em todas as confraternizações sociais para tirar proveito de seus
opostos.
Tanto o casal americano deste exemplo quanto a maioria das pessoas no mundo capitalista não imagina que “os trocados” podem ser transformados em significativa riqueza. A imaginação também depende do conhecimento. Acredito que muitos mudariam suas vidas se soubessem a matemática da multiplicação da riqueza possibilitada pelo investimento com ganhos em capitalização composta no mercado acionário.
Agarra-te às coisas que se afiguram as melhores para ti. Os que primeiro
rirem de ti depois te admirarão. Mas, se deixares vencer por eles, receberás
risadas em dobro. Se alguma vez te voltares para as coisas exteriores por
desejares agradar alguém, saiba que perdeste o rumo. Que seja um filósofo em
todas as circunstâncias, mas se desejares também parecer um, exibe-te para ti
mesmo – será o suficiente.
“Não deixe que
ninguém com palavras ou atos te leve a fazer ou dizer o que não é melhor para
ti”
Diz
um ditado judaico que "quando o aluno estiver preparado, um bom
professor aparecerá para ajudar". Quem quer paga o preço. Nunca
acredite em quem diz: “Eu me esforcei e não consegui” ou “Eu não me esforcei e
consegui”. Quem conseguiu pagou o preço do trabalho, do esforço, seja o que
este representar.
Para vencer na chuva, é preciso estar preparado para a tempestade.
Deus nos oferece todas as coisas ao preço do trabalho para merecê-las. (Leonardo da Vinci)
Abelha nunca será mosca e vice-versa !
As histórias de sucesso são construídas com muita luta em uma sequência de perdas e ganhos, dor e superação. Em geral, regadas com muitas lágrimas do vencedor. Nenhuma estratégia de longo prazo pode prever e muito menos determinar os acontecimentos de modo que eles “caibam” nos planos. Toda estratégia de longo prazo pode e deve estar preparada para a necessária mudança dos planos de acordo com a evolução dos acontecimentos que lhes são externos.
Não são poucas às vezes que li informações desestimulando a intenção de investimento em ações com foco previdenciário por meio de renda com dividendos e ouvi pessoas afirmando que viver de dividendos é impossível, que é uma ilusão, que só é possível apenas para milionários. Isso é triste, pois acaba incentivando os possíveis investidores a entrarem na bolsa com uma visão especulativa, ou mesmo desestimula outros que pretendiam formar uma carteira previdenciária lastreada em ações.
Muitos dizem que viver de
dividendos é inviável, pois dividendos são “duvidosos” e que só seria possível
viver com juros da renda fixa, pois esses sim seriam previsíveis e seguros.
Esse pensamento, infelizmente, é mais comum do que parece.
Eu entendo que o termo “viver de
dividendos” é algo muito incomum para o brasileiro, e pode soar estranho mesmo,
afinal de contas, o brasileiro sempre foi “treinado” para enxergar as ações
apenas como cassino, instrumentos de especulação, e não como ferramentas de
formação de patrimônio e geração de renda. Além disso, é muito raro uma pessoa
conhecer outra que vive de dividendos e isso pode dar realmente a impressão de
que viver de dividendos é praticamente impossível, ou algo apenas para quem já
é muito rico ou é herdeiro de grande riqueza. Como a maioria usa o mercado
acionário como um cassino (para especular), o mais comum é ouvir falar de
perdas e desvantagens do que de ganhos e vantagens.
Felizmente, apesar de ser muito incomum e não ser tão rápido conseguir atingir este patamar, viver de dividendos é plenamente possível para mais pessoas do que a maioria imagina. Certamente, não está ao alcance de todos, mas o que na vida é para todos? O grande problema na realidade brasileira que faz ser muito difícil ver alguém vivendo de dividendos é a falta de educação financeira geral do brasileiro que faz com que esses se interessem pela bolsa com uma visão totalmente especulativa, como uma espécie de jogo de azar, uma forma de obter ganhos elevados num curto período de tempo. A busca deles é apenas ganho de capital, através de operações de curto prazo, e após obterem os lucros (quando conseguem), retiram os valores de ações e transferem para a renda fixa.
Aqueles poucos investidores que o enxergam dessa forma sabem que resultado valioso de curto prazo demora em média 10 anos e não do dia para a noite. O ponto de vista pessimista não faz sentido, afinal de contas, assim como o investidor que compra ações para receber seus dividendos, que não são nada mais do que os lucros de atividades comerciais e empresariais, os donos ou sócios de um pequeno qualquer negócio, ou um profissional autônomo, também recebem suas parcelas de lucros de suas empresas e esforço laboral autônomo e vivem (e dependem) disso rodeados por um risco elevadíssimo de perderem tudo a qualquer segundo e sem segurança de longo prazo.
As pessoas deveriam enxergar as
ações da mesma forma que o proprietário de um pequeno comércio visualiza seu
negócio. Ele geralmente não está preocupado em quanto o seu negócio “vale”
diariamente, pois ele não quer vendê-lo, mas está sim preocupado com a geração
de caixa do mesmo e nos lucros que ele distribuirá como dividendos para ele,
pois é daí que ele tira o seu sustento. Se o negócio está vendendo mais, e está
faturando mais, é provável que os dividendos dos donos serão maiores, e é isso
que os anima e incentiva no negócio. No caso do investidor em ações, ele ainda
tem uma grande vantagem do seu lado, pois ele tem a possibilidade de escolher
apenas as ótimas empresas para ter participação nos lucros, empresas
consolidadas há longo tempo, de marcas valiosas, e que além disso, possuem um
time muito capacitado e profissional de gestores para tocarem esse negócio,
diferente muitas vezes de um pequeno negócio, que pode possuir uma gestão pouco
profissional e desorganizada.
Além disso, diferente do dono de um pequeno
negócio, o investidor em ações e cotas de FII pode diversificar seus
investimentos e pode ter “um pedacinho” do lucro de cada empresa, não tendo a
necessidade de ter todo o capital (ou a maior parte) em apenas
um negócio. Essa diversificação também protege bastante o investidor, já que se
algumas empresas resolverem pagar menos dividendos em um determinado ano, como
o investidor possui participação nos lucros de várias empresas em variadas
atividades econômicas, é possível que outras empresas acabem pagando mais do
que no ano anterior, mais do que compensando a queda de dividendos de uma ou
outra empresa. Na média, investindo em uma boa carteira diversificada, com boas
empresas e também bons fundos imobiliários, o investidor terá uma renda passiva
resiliente, constante e que tende a crescer no longo prazo.
O investimento com foco em acúmulo de
ativos de sólidas empresas é uma forma de não perder para a inflação e ter
liquidez. Muitos investem em planos de aposentadorias oferecidos pelos bancos,
estes, por sua vez, investem o dinheiro captado no mercado de ações tanto para
obter lucro para seus gastos atuariais quanto para preservar o seu capital no
longo prazo. Os preços e os índices do mercado de ações sobem e descem
constantemente. Você não precisa necessariamente seguir os relatórios diários
do mercado para fazer o que é mais importante para os seus investimentos: eles
têm altos e baixos, mas, a longo prazo, crescem consistentemente em paralelo
com o crescimento global da economia, de um setor específico desta e da
respectiva empresa. E, lucro não tem a mesma natureza de juros. Lucro está
lastreado em ativo real e juros no dinheiro em si que será inexoravelmente
corroído pela inflação.
O investidor de longo prazo precisa permanecer investido pelo tempo necessário até poder começar a retirar lucro de seus investimentos. Um investidor desde o início da década de 70 foi tentado a sair do mercado devido à volatilidade de preços dos ativos e as comumente associadas enxurradas de notícias pessimistas. Porém, se olharmos para o espaço temporal total, há uma clara tendência ascendente. Se um investidor permanecesse investido de 1972 a 2017, um investimento inicial de $1.000 em ações aumentaria para $ 138.156 em valor.
É claro que tudo isso não é rápido e nem tão fácil. O investidor que deseja viver de dividendos precisa ter muita disciplina de economizar e investir todos os meses, abdicando de alguns luxos no presente, além de reinvestir todos os dividendos durante um grande período, e é claro, saber tirar proveito da volatilidade do mercado, aproveitando as promoções. Porém, realizando aportes consistentes todos os meses, adquirindo bons ativos geradores de renda, reinvestindo os dividendos e investindo com uma visão de longo prazo. Aos poucos a geração de renda passiva vai crescendo, e crescendo, até que em algum momento ela já será mais do que suficiente para bancar todos seus gastos e ainda sobrará para investir. Com esse hábito, durante anos, talvez décadas, o investidor vai construindo a sua própria “Holding”, com pequenas participações em inúmeras empresas dos mais variados setores, além de imóveis, shoppings, e fundos de recebíveis, e essa Holding, no futuro, será capaz de lhe proporcionar uma generosa renda de dividendos através das inúmeras receitas provenientes das participações. Eu estou tentando instruir as pessoas acreditando que o plantio de hoje renderá ótimos frutos lá na frente não só no aspecto individual, mas também para o Brasil.
Em relação aos pessimistas, qual seria o ativo que estes aplicariam o dinheiro com a finalidade de, ao longo do tempo, poder aumentar a aplicação e os ganhos com um esforço cada vez menor para chegar na renda passiva sonhada, ou a algo o mais próximo possível a isso? Se considerarmos uma taxa de retorno de 6% aa, se investir R$.1000,00 em ações receberá R$60,00 aa; Se investir R$1.000.000,00, receberá R$60.000,00 aa; Se investir R$10.000.000,00, receberá R$600.000,00 aa. Contudo, é preciso considerar também que embora certamente muitos não poderão tornar-se ricos acumulando ações em razão da própria renda e/ou tempo exíguo, quantos ricos poderiam não ter se tornado pobre? O conhecimento é sempre importante e nunca deve ser subestimado. O futuro é insondável, vai que você ganhe um grande prêmio na loteria e, com o conhecimento, poderá fazer do seu destino algo bem diferente do que fizeram vários ex-ricos, e até milionários, ex-jogadores de futebol, tal como é fato notório.
Neste tipo de consideração existem (1) parâmetros
objetivos gerais: capital inicial; número de anos; valor de aporte mensal; taxa
de crescimento; inflação; (2) e também parâmetros
subjetivos, muito particulares: tais como o estilo de vida e estimação do
custo de vida futuro. Neste assunto, o futuro pode trazer despesas imprevistas
desejadas ou indesejadas, a exemplo de doenças, variação da renda familiar,
períodos de recessão, etc.
Embora exista um forte componente de imprevisibilidade no futuro, que maior será quanto mais este for distante, sem o foco em um objetivo maior e motivador não será possível trabalhar para conseguir uma renda do tipo previdenciária, aquela que o ajudará a viver sem necessitar de seu esforço (renda passiva) e continuará existindo, no mínimo, até a morte do seu possuidor. Ademais, quando a incerteza no futuro for determinante nas suas dúvidas, pense nas consequências de cada opção ao seu alcance no presente, exemplo: posso morrer amanhã ou viver 100 anos, se morrer jovem não preciso de dinheiro, mas se tiver o "azar" de viver até lá, como viveria sem o dinheiro para me ajudar ?
Uma boa conduta é dividir o sonho do
resultado final esperado em metas menores e mais claras, factíveis em médio e
curto prazo. Assim, a cada meta atingida, surgirá
mais motivação para continuar perseguindo o objetivo maior.
Uma outra questão muito subjetiva
refere-se a resposta à pergunta: Quanto devo poupar mensalmente?
Resposta: (1) objetivamente: o máximo possível, (2) subjetivamente:
sem prejudicar sua qualidade de vida ao longo do caminho, seja esta o que cada
um considerar para si, observando que para cada escolha em tudo na vida,
inúmeras renúncias são necessárias, estarão sempre associadas.
Investir para quem possui o adequado conhecimento não é complicado. Um conjunto de regras simples e consistentes pode ajudar a impedir que o processo de investimento se torne excessivo. As cinco Regras Simples de Investimento a seguir fornecem a base para qualquer estratégia de investimento a longo prazo.
Nas palavras de Vitor Hugo: “Nada é mais poderoso do que uma ideia cuja hora chegou”. Isto significa dizer que :”o menos porém melhor chegou”. Chegou a hora de trocar a busca indisciplinada por mais pela busca disciplinada por menos, porém MELHOR. A capitalização composta, uma das ferramentas mais poderosas de um investidor, precisa de tempo e contribuições para funcionar. Uma tática para ajudar garantir contribuições regularmente é pagar primeiro a si próprio, para a sua previdência. Inclua o seu investimento previdenciário na sua planilha de despesas mensal. Um investimento produtor de renda “perpétua”, mensal, “previsível”, de custo de manutenção baixíssimo [sentido amplo] pode contribuir muito para a disciplina e perseverança necessárias. Refiro-me as cotas de Fundo Imobiliários. Os FII tem uma importante diferença em relação às ações, que não é muito óbvia, pois não diz respeito ao investimento em si, mas ao lado psicológico do investidor, que contribui muito para a criação do hábito de investir. E este hábito é o que vai transformar a vida para melhor.
Investir em ações é ótimo mas o resultado só será sentido após muitos anos, após um significativo montante investido: é sofrer agora para passar bem depois. É lindo na teoria, mas na hora de executar é preciso ter muita disciplina e determinação para permanecer num plano de 20 anos que não parece sair do lugar nos primeiros 15. Em razão disso, grande parte das pessoas param de investir e nunca saem do lugar. Agora, imagine ter um investimento que no mês seguinte já deposita dinheiro na conta do investidor. Isso gera a confiança de que o plano funciona, porque produz a experiência mensal do benefício maior almejado no futuro. Essa sensação vicia no bom sentido e o investidor quererá cada vez mais.
Regra 2: Diversifique seus investimentos
O investidor pode se beneficiar da valorização do preço do ativo comprado e por meio dos proventos por ação distribuídos pelas empresas a seus acionistas. Os proventos podem ser pagos trimestralmente, semestralmente, anualmente, e até sem periodicidade pré determinada. Apenas porque uma empresa pagou dividendos no passado não há garantia de que os pagará no futuro. Investir em vários ativos reduz o risco da redução do capital pela volatilidade diária dos preços dos ativos e da queda do desempenho econômico de uma ou mais empresas. Atualmente a internet possibilitou a diversificação com a compra de ativos em outros países. Isso significa que o investidor normalmente pode possuir uma mistura de ações domésticas, composta por empresas brasileiras, e outras internacionais, por exemplo: com sede nos USA. Diferentes países têm ciclos econômicos únicos e situações diferentes ao redor do mundo afetam os mercados internacionais de maneira diferente. Os diferentes mercados globais nem sempre se moveram paralelos entre si.
Regra 3: Considere o seu horizonte de tempo e a tolerância à volatilidade do capital investido
Alguns investidores aceitam prontamente o potencial de alta volatilidade do capital investido, outros não. Os investidores de longo prazo esperam ter tempo para se recuperar das recorrentes desacelerações do mercado. Quando os investimentos são considerados por um pequeno intervalo de tempo, o retorno potencial varia amplamente. Mas, se observados por 20 anos são mais estáveis e historicamente positivos. Quanto maior o tempo de investimento, menor o risco da volatilidade do capital. Considere quanto tempo você tem até atingir a aposentadoria. Quanto mais distante do objetivo maior é a compensação da volatilidade com a reaplicação dos proventos. Quanto mais jovem começar melhor.
Regra 4: concentre-se em seus objetivos a longo prazo
Os mercados financeiros flutuam; haverá dias para cima e para baixo. O mais importante não é o que acontece hoje - é manter o foco no objetivo final.
Regra 5: Faça Você Mesmo
Isto significa que o investidor decide em que ativo investir e o compra diretamente com base em conhecimento próprio. Um dos principais benefícios do investimento auto-direcionado é a menor despesa com taxas de administração. O investidor deve sentir-se no controle do seu futuro financeiro, e pode até se divertir analisando e pesquisando investimentos e monitorando suas carteiras.
O fato é que o objetivo final de “viver de renda passiva” tem que estar associado a um estilo de vida ao longo do caminho até lá, que fará parte permanente da vida sempre de quem queira lutar por essa meta. Terá que gostar de ‘viver bem’ de forma econômica, prudente, com despesas sempre no limite da razoabilidade, sem dívidas desnecessárias para coisas supérfluas, com fluxo de caixa positivo, bom reserva de poupança para despesas de emergência, e fazendo bons investimentos com a sobra sempre.
“É melhor se
salvar sozinho a morrer com a multidão”
Uma boa receita para isso é: trabalhar diligentemente para gerar frutos do esforço e, ao mesmo tempo, desenvolver uma mentalidade (valores) mais simples em que precise cada vez de menos dinheiro para sentir-se feliz consigo. Assim a coisa acelera, pois além de ganhar dinheiro, precisará cada vez menos dele. Quanto menos precisar, mais sobrará para investir no futuro.
Uma dica fundamental: nunca priorize o uso do dinheiro para suprir ostentação material na vida, quem assim vive, comumente o faz para 'os outros', e, como punição, torna-se um escravo do dinheiro. Acumule-o em investimentos que possibilitem a construção de ‘segurança financeira’, valor abstrato, invisível aos olhos alheios, assim o dinheiro será sempre um servo de seu possuidor, e nunca um senhor. "Tudo que a vida trouxer à sua mão para fazer, busque o conhecimento necessário pra fazê-lo com toda a convicção."
O Vulgo dá mais valor à aparência do que a própria honestidade. Da primeira espera efeito imediato. Em razão disso, vendem aparência (mentiras) e, pelo mesmo erro, compram aparência (mentiras) e são enganados.
"Orientar-se pelas coisas exteriores é próprio do homem comum, e não do sábio"
Quem prioriza o material e só foca o difícil resultado final sonhado, comumente age como um pessimista: considera não conseguir chegar lá, que a renda passiva necessária ou desejada só é atingida com um volume de dinheiro muito significativo, etc.. Mas, o que seria melhor: trabalhar a vida inteira sem a expectativa de reduzir o trabalho e manter a renda? Aproveitar o tempo produtivo da vida gastando tudo o que ganhar como se fosse morrer amanhã e ter que torcer para conseguir morrer trabalhando com saúde? Passar a vida gastando ou "investindo" onde o custo benefício não é o melhor? Na vida é preciso usar o tempo sempre da melhor forma possível e em tudo o que se faça, seja no interesse financeiro ou não.
Há duas grandes classes de ativos geradores de renda bastante populares no Brasil: Imóveis: reserva de valor ou locação e títulos da dívida pública ou interbancária: Em suma, JUROS > LTN, LCA, LCI, CDB, (...).
Há duas classes de ativos geradores de renda passiva com relação custo-benefício muito superior aos citados anteriormente e que não faz parte da cultura de grande parte da população com renda razoável para investir no Brasil: As ações e as Cotas de Fundos Imobiliários, com foco nos proventos.
Diz o adágio: Para encontrar, tem que procurar, mas para procurar tem que conhecer! Isso é uma coisa tão óbvia, mas que parece que quase ninguém tem consciência disso. No que você não for consciente, o seu inconsciente governará as suas decisões e as consequências você chamará de destino.
Os livros “A Psicologia dos Investimentos” e “As Variáveis do Mercado Acionário” estão aí para ajudá-lo a enxergar melhor as possibilidades de investimento. Nos meus livros, divido a minha experiência com os leitores a fim de ajudá-los a entender como o mercado acionário funciona e a melhorar a capacidade de tomar - de forma consciente - as melhores decisões de investimento.
É preciso ter o conhecimento para ignorar essas preocupações pessimistas, sem fundamentos e focado com o conhecimento adequado aprender selecionar as empresas e agir para aprender mais com a experiência real. Uma coisa é certa tal qual a morte, na bolsa você verá o valor monetário do capital investido variar em torno de 50% para cima e para baixo, às vezes mais. É preciso saber lidar com isso, é preciso focar nas vantagens além do valor monetário investido, além do dinheiro em si: o foco principal deve ser na renda passiva e não em quanto pagou para chegar lá. É preciso saber o que está fazendo porque senão acaba saindo com bem menos do que entrou. No longo prazo, suficientemente diversificado, não tem como dar errado. Bolsas no Mundo todo durante o século XX. http://www.e-cidadania.net/bolsanomundo.
Fonte: Internet. Texto adaptado do originalmente publicado por Felipe Tadewald.