A POLÍTICA ECONÔMICA APÓS 1930

A política no Brasil a partir de 1930 funciona assim:

A oligarquia econômica foi incentivada durante a política de 'substituição de importações', sobretudo no período do governo militar. O nacionalismo econômico produziu os frutos podres que o povo brasileiro está sendo forçado a colher. 

Os oligarcas (donos e amigos do poder) articulam a criação de uma regulamentação restritiva contra a competição de livre mercado a fim de eliminar a competitividade de pequenas e médias empresas nacionais e incentivam o protecionismo da economia a fim de restringir a concorrência externa com as importações.

Em troca de regulamentações favoráveis a poucos e desfavoráveis a maioria (exemplo a CLT) e de financiamento público a taxas camaradas – exatamente como se viu no governo petista com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, os oligarcas aceitam encargos que encarecem seus custos e garantem benefícios maiores apenas aos trabalhadores escolhidos pelos sindicatos para os quais contribuem de forma compulsória. Muitos sindicatos surgiram em razão da receita compulsória.



O Poder econômico quer o dinheiro 
da previdência dos servidores públicos





ONDE  A  VAIDADE  ESTÁ  ACIMA  DA  JUSTIÇA




Escondida nesse conluio, está a demanda dos oligarcas políticos por sucessivos aumentos de renda, patrocínio a campanhas políticas e por cada vez mais empregos para seus correligionários. As oligarquias políticas e os sindicatos garantem os interesses das oligarquias econômicas e são sustentadas com “caixa dois” por elas. Um com a ‘mão grande invisível’ na economia e o outro com a ‘mão grande invisível’ na política conspiram contra o Estado de direito e os anseios da sociedade.





Que existem atividades empresariais estratégicas, isso não é a principal questão. A questão maior é para quem? Não pode ser desconsiderado que elas têm sido estrategicamente usadas pelos políticos para o enriquecimento ilícito e forma de financiamento para perpetuação no poder. Os petistas, os esquerdistas de modo geral, que fazem o discurso eleitoreiro para a subcultura predominante no brasil diziam (dizem)  que a Petrobrás é estratégica para a economia e a política brasileira, mas o eleitor deveria se perguntar: qual foi o uso estratégico que o PT fez da petrobrás? para quem? para que finalidade? Ademais, e o carro elétrico? E a energia nuclear, solar e eólica? A ideologia nacionalista barateou o custo de vida ou encareceu?

A estratégia que interessa ao brasileiro, sobretudo o pobre, é a existência no mercado de produto/serviço de qualidade com preço competitivo. Os resultados efetivos nesse sentido valem mais do que as boas intenções.

Esse esquema foi potencializado pelos governos “socialistas” recentes de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011) e Dilma Rousseff (2011-2016).

A “mão grande invisível” dos políticos brasileiros não se confunde com a da metáfora do Adam Smith. Ele era contra o protecionismo de sua época cujo parâmetro era denominado de mercantilismo que era um sistema de acúmulo de riqueza pelo Estado despótico dos reis absolutistas, e fez suas observações a respeito do mercado negro que se forma sempre que há um regime controlador e centralizado. Ele observou que inúmeras oportunidades de troca se apresentavam quando o  mercado não sofria um controle do Estado.

A esquerda mundial e a brasileira sabem empregar a retórica política sem nexo com a realidade histórica mundial e local. Tal qual o cristianismo, quando convém, altera a história e fatos para criar factoides produtores de medo, superstição e egoísmo para os seus interesses de poder. Para enganar o povo, os esquerdistas usam chavões e slogans de fácil digestão que no caso do Brasil do PT um dos principais foi o combate à miséria e à fome, mas há outros, tais como: "isso é uma pretensa trama da 'direita' contra um 'governo popular'. As críticas são expressões de preconceitos da elite, etc..No caso do Lula, adiciona-se aos ingredientes de persuasão a arte de uma personalidade representativa marcada pela autopiedade histriônica e sentimentaloide. Nada compatível com a têmpera de um grande estadista de um país com um povo predominantemente de melhor qualidade. Ademais, dado a desqualificação do público brasileiro capaz de confundir um gago ou fanho com um Cícero, facilmente confunde malícia com inteligência, tapinhas nas costas com gestos de benevolência, foram seduzidos pela própria carência material, ou espiritual, e outros ainda por oportunismo na condição de lambe-saco para fins de proveito próprio: tais como alguns artistas, políticos corruptos, e a oligarquia econômica corrupta, para fins de proveito próprio, a exemplo de artistas, políticos, e a oligarquia econômica corrupta. Assim, o conjunto cria “causas nacionais” logo traduzidas em programas sociais com a promessa de elevar as condições de vida de algum segmento tido por ‘vitimizado’ pela economia de mercado ou pelo capital ou pelos ricos.

Na retórica do cristianismo o povo é iludido a crer que só existem dois tipos de pessoas: o cristão bonzinho e o não cristão malvado. Na retórica política o povo é iludido a crer que só existem duas opções: Ou os esquerdistas que se preocupam com os pobres (só eles têm as respostas para a cura da pobreza) e o Estado bonzinho, e que deve ficar no controle de tudo, ou os capitalistas malvados defensores do livre mercado e do capital contra o povo.

Reflexão: Sigmund Freud. “As massas nunca tiveram sede de verdade. Constantemente, querem ilusões e não vivem sem elas. Elas dão ao irreal a precedência sobre o que é real. São quase tão intensamente influenciadas pela mentira como pelo que é verdade. Têm uma evidente tendência a não distinguir uma da outra. Se impressionam sempre com a aparência superficial das coisas”.

Reflexão:O ÍDOLO. Uma pedra esculpida com a forma de um Deus, talvez cintilante de ouro e pedras preciosas. Os olhos dos adoradores encherão de vida a pedra, imaginando que ela possui poderes reais. Sua forma lhes permite ver o que desejam ver - um Deus, mas é, na verdade, apenas um pedaço de pedra.  O Deus vive em suas imaginações.

Reflexão: NICOLAU MAQUIAVEL, 1469 – 1527. “Os homens são tão simplórios e tão dominados por suas necessidades imediatas que um mentiroso sempre encontrará muitos prontos para serem enganados.”

O colapso do Governo Petista (2016) não foi causado pelos “interesses malvados do capital” e pelos capitalistas especuladores, mas sim pela própria falência causada pelo chamado Estado Social Corrupto Brasileiro!!
O Estado brasileiro, caracterizado pelos grandes grupos econômicos que desejam a competição tanto quanto os políticos populistas democráticos desejam compartilhar o poder, passou a ser utilizado cada vez mais como uma máquina eleitoreira, utilizada para promover o bem-estar real do políticos e o “bem-estar” maquiado e insustentável do restante do povo, com o real propósito dos políticos perpetuarem-se no poder aproveitando-se da ignorância coletiva da sociedade brasileira, distanciando-se cada vez mais dos interesses para o desenvolvimento de oportunidades para o povo e aproximando-se do descontrole nos gastos e a necessidade de aumentar cada vez mais a arrecadação para sustentar parte da burocracia estatal que não deveria existir e a corrupção. 













Em razão dessa retórica estar presente na cultura do Brasil desde o início do século XX, ela produziu consequências lesivas em nossa política e economia, agravada por um povo brasileiro cada vez mais influenciado pela mídia televisiva jornalística e propenso a pouca leitura de bons livros e muito propenso a fantasias de novelas. Décadas dessa influência ajudaram a vilanizar o capitalismo e seus agentes e a acreditar na possibilidade de uma salvação por meio de um politico salvador da pátria gestor de um Estado paquiderme e corrupto como o único meio de redução das desigualdades de renda, da pobreza promotor do desenvolvimento.



Em razão do sistema econômico mais liberal são ser imune a crises, o brasileiro enganado pela retórica dos esquerdistas passou a apoiar a tragédia maior das alternativas que tentam controlar as forças de mercado e a subjugar as forças políticas. O período republicano passou a ser cada vez mais caracterizado por uma sucessão de presidentes e membros do poder legislativo que buscam popularidade por meio de programas de Estado na economia e na sociedade cada vez mais populistas, descabidos e insustentáveis: exemplos: indulto de natal para criminosos, regime de cotas, bolsa família, e muitos outros, que só fazem aumentar a máquina burocrática e a corrupção. Vários ilícitos foram praticados com aumento progressivo da gravidade em razão do poder valer cada vez mais o risco.

Enquanto tudo isso se agrava, o povo brasileiro age cada vez mais paradoxalmente: ao mesmo tempo que clama contra a corrupção, clama também contra as privatizações que seriam úteis para reduzir os galinheiros disponíveis para os lobos da política brasileira.


Enquanto o povo brasileiro permanece anestesiado pela própria ignorância, pela falta de senso crítico, a soberania popular foi sendo cada vez mais sequestrada pela oligarquia política e econômica, sobretudo pela parcela empresarial corrupta, como ficou notória com o fim do ciclo petista, e por toda a rede de apoio que eles criaram para se sustentar.

Trata-se de uma antiga doença estrutural que se agravou cada vez mais a partir de 1930, na qual o povo é usado – com o apoio da grande mídia também dependente do financiamento do BNDES - em cada eleição como “validador” dos interesses próprios e da oligarquia e não como “promotor” de mudanças.



Cada vez mais vê-se a eliminação dos limites morais e propostas para legalização de suas vontades e conveniências desarrazoadas e imorais. Empenham-se cada vez mais em criar e manter privilégios em detrimento do pais como um todo.

No Brasil republicano após 1930 o poder passou a caminhar cada vez mais para as mãos de poucos e cada vez menos para o bem comum, este é usado apenas como uma cortina de fumaça na forma de programas sociais para maquiar e camuflar os interesses da minoria. Na época do governo Petista Lula-Dilma o poder tornou-se uma cleptocracia (governo de ladrões) e plutocracia (governo dos ricos). São exemplos emblemáticos as tarifas bancárias exorbitantes, os saques feitos à Petrobrás e ao BNDES em prol da oligarquia econômica que os apoiavam. Mais não é só isso. Deve-se ressaltar as despesas com o Poder Judiciário e o Congresso Nacional em comparação com a realidade social da grande maioria e dos serviços públicos de educação e saúde de que dispõem a maior parcela do povo brasileiro.









Concentração de renda embora gravíssima, ainda é menos grave do que concentração de oportunidades. Enquanto alguns empresários da oligarquia econômica aproveitam as oportunidades que são criadas para si, os pequenos empreendedores sofrem com a burocracia, a complicada tributação, a baixa rentabilidade pelo alto custo de seus negócios, ainda em tempos de crescimento do PIB, cujas circunstâncias só favorecem aos oligarcas.

Os não oligarcas – empregados e empreendedores - vivem travados pela CLT, por falta de mobilidade e oportunidades, e por falta de financiamento competitivo, salvo os oligarcas e, especialmente, os amigos do poder que usam o BNDES, a exemplo do que fez o governo petista LULA-DILMA para a JBS e a Odebrecht em prol dos interesses próprios.

O Brasil é um país onde juros elevados faz com que a oligarquia econômica seja tolerante e permissiva com esquemas de propina para políticos em troca de obtenção de financiamento público  com juros menores patrocinados pelo BNDES. Por sua vez, a CLT produz sindicatos dependentes de privilégios regulamentares que são totalmente leais ao Estado e ao Governo que garantem sua existência e os promove. Para estes, defender a intervenção do Estado na economia e nas relações de trabalho é uma questão de sobrevivência. O conjunto os torna dependentes e subservientes aos mandos e desmandos do poder político da época e a agir em prol de agentes públicos que os favorece.

O povo brasileiro não é consciente de que um sistema econômico mais competitivo não é a melhor opção para a oligarquia econômica que asseguram privilégios para si por meio do Estado.

A partir de 1930 a concentração de renda e dos meios de produção nas mãos de poucos passou a ser cada vez mais uma constante. Isto significa que muitas oportunidades só existirão para a maioria se forem do interesse do Estado e das oligarquias econômicas.

Todo ser  humano saudável admira e busca novas oportunidades e o crescimento pessoal no sentido amplo. Foi isto que motivou o êxodo rural no Brasil após o surgimento de novas oportunidades com a industrialização. Agora imagine: um empregado que se beneficia de uma sentença judicial trabalhista com base em regras que não deveriam se quer existir, que sabe ter sido beneficiado por um critério absurdo, único no mundo, e que - em contrapartida -  também lhe retira as oportunidades de empreender por conta própria em razão do custo do risco trabalhista alto e imprevisível empurrando-o para a condição de empregado de uma grande empresa que consegue arcar com os custos gerados pela CLT e pelo sistema tributário. Será que o benefício da suposta ‘proteção’ é maior que o prejuízo da limitação da mobilidade e da possibilidade de empreender. É óbvio que, em razão disso, muitos terão que ficar pequenos para sempre, independente de seus méritos, esforços ou do quão boas sejam suas ideias.

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Por que o Brasil é um país atrasado? Autor: Luiz Philippe de Orleans e Bragança